Conteúdos | Estratégia Empresarial e Jurídica
Gripe aviária no Brasil
Impactos nas exportações e como seu negócio pode se proteger
O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, enfrenta um desafio importante após a confirmação de um foco de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) em uma granja comercial em Montenegro, no Rio Grande do Sul. Esse episódio gerou reações imediatas no mercado internacional e preocupa produtores e exportadores quanto aos impactos econômicos e comerciais para o setor.
Suspensões e restrições no mercado internacional
Após a confirmação do surto, pelo menos 46 países suspenderam as importações de carne de frango brasileira. Entre eles estão mercados estratégicos como China, União Europeia, Argentina, México, Chile, Uruguai e Japão. Essas suspensões são medidas preventivas para evitar a disseminação do vírus. Alguns países, como Japão e Emirados Árabes Unidos, adotaram uma abordagem mais segmentada, restringindo importações apenas da região afetada, permitindo que outras áreas continuem exportando normalmente.
Impacto econômico e previsões
O governo brasileiro estima que as suspensões podem causar perdas de até US$ 200 milhões por mês, com uma redução estimada de 50 mil a 100 mil toneladas mensais nas exportações de carne de frango. Esse cenário pode pressionar o mercado interno, impactando preços e rentabilidade dos produtores.
Medidas oficiais para controle e contenção
O ministério da agricultura e pecuária está adotando ações rigorosas para conter o surto, incluindo:
• Abate sanitário das aves afetadas;
• Vigilância intensificada num raio de 10 km ao redor do foco;
• Liberação de crédito extraordinário de R$ 200 milhões para apoiar as ações de combate à doença.
Como os empresários podem se proteger neste momento
Diante deste cenário, empresários do setor agropecuário e exportador devem adotar medidas estratégicas para minimizar riscos e preservar seus negócios:
1. Monitoramento rigoroso e transparência
Invista em sistemas de controle sanitário interno rigorosos e mantenha registros detalhados. A transparência nas práticas e nas informações repassadas às autoridades sanitárias é essencial para fortalecer a confiança dos compradores internacionais.
2. Regionalização das operações
Considere segmentar sua produção e exportação por regiões, especialmente se sua empresa opera em diferentes estados ou propriedades. Isso pode permitir que partes do negócio continuem operando normalmente, mesmo diante de restrições localizadas.
3. Diversificação de mercados
Busque ampliar sua carteira de clientes e mercados internacionais para reduzir a dependência de poucos países, minimizando o impacto de suspensões pontuais.
4. Adequação contratual
Revise contratos de fornecimento e exportação para contemplar cláusulas específicas que tratem de crises sanitárias, força maior e eventuais suspensões comerciais. Assim, você protege seu negócio de possíveis perdas ou penalidades.
5. Apoio financeiro e planejamento
Aproveite linhas de crédito e recursos governamentais, como o crédito extraordinário anunciado, para garantir liquidez e fortalecer a gestão financeira em tempos de instabilidade.
Perspectivas para o setor
A recuperação das exportações dependerá da capacidade do Brasil de demonstrar controle sanitário eficiente e manter a transparência nas ações adotadas. A adoção da regionalização por alguns países pode ajudar a mitigar os impactos mais severos, permitindo que regiões não afetadas continuem suas operações normalmente.
Fique atento às atualizações do setor e às orientações oficiais para proteger sua empresa nesse momento delicado. A prevenção e a gestão estratégica são as melhores ferramentas para superar essa crise.
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